ITAOCA DE IMBIRA

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Sorve o silencio, degusta
O resto parvo da dor,
Pois afinal não te custa
Fingir aquilo que for.
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Sinta este nada observe-o
Pois ele mesmo levou-te
A rasgar a pele indelevel
Dos finos traços da noite.
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Sinta o suor, o batuque,
E a agonia fremir,
Para que nada machuque
O sono que não quer vir.
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Trazido de O.T.Velho (Conservatório Íntimo)