5 de jan. de 2011

RIACHO DOCE

5 de jan. de 2011
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As claras rondas do dia,
Dos dias que sempre são
A mais suprema elegia
Nas simetrias do chão
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Dos frios raios de inverno
Da madrugada mais vã
Desnuda o leite materno
E acalenta a manhã.
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Em cada flor um buque
Esculpe as formas do cacho
Ser doce é ser sem por que
Nas águas de um riacho.
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No curto espaço da trilha
Cada manhã nos convida
A ser um ponto que brilha
Nas rondas de alguma vida.
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E assim o sempre acontece
Em seu mistério profundo
No homem que amanhece
A cada aurora do mundo.
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Francisco e Ana Moura
Dezembro de 2010

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